segunda-feira, 19 de agosto de 2013

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Ensino Bíblico.

  • Como é que me posso tornar um cristão verdadeiro?

  • Quem vai para o céu depois da morte?

  • Porquê é que fazer o bem não basta?

  • O que é que vai acontecer se eu não deixo que Jesus Cristo tome controle da minha vida?

  • Quando é que Jesus vai voltar para este mundo?

  • Como é que será o regresso de Jesus Cristo para este mundo?

  • Qual é o maior pecado?

  • O que é que devo crer acerca de Jesus Cristo?

  • Qual é a diferença entre o Cristianismo e as outras religiões?

  • Por que é que Deus permite o sofrimento?

  • Por que é que existe mal no mundo?

  • Como sabemos que Deus existe?

  • O inferno é um lugar ou um estado de alma?

  • Será que o diabo existe?

  • Como é Deus?

  • O que significa seguir Jesus?

  • O que vai acontecer no futuro?

  • O que vai acontecer depois de morte?

  • Qual é a decisão mais importante na minha vida?

  • Qual é a diferença entre O Velho e O Novo Testamento?

  • Por que é que Deus às vezes não responde a minha oração?



1.Como é que me posso tornar um cristão verdadeiro?

A Bíblia ensina que Jesus Cristo, O Filho de Deus, viveu como nós na terra mas Ele foi a única pessoa que conseguiu a viver uma vida pura, sem pecar. Quando Ele morreu na cruz de Calvário, o seu sangue puro foi derramado para nos perdoar e nos purificar das nossos pecados e da nossa natureza pecaminosa. Para que possamos experimentar este perdão e purificação, e começar a ter um relacionamento pessoal com Deus, temos que:

nos arrepender dos nossos pecados, que quer dizer, virar as costas para as coisas más que fazemos.

pedir perdão ao Jesus Cristo e acreditar que Ele nos ouve e nos perdoa.

pedir-Lhe para começar a trabalhar em nós através do Seu Espírito Santo, fazendo de nós uma nova pessoa com novos desejos e atitudes.

falar com Ele e obedecer tudo que Ele nos diz. Ele vai falar connosco quando lemos a Bíblia ou através da nossa consciência.


2. Quem vai para o céu depois da morte?

Jesus disse que só as pessoas que o amam e acreditam n'Ele vão para o céu. Em João 3, Jesus diz:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3.16)

e também
"Ora, a vida eterna é esta: que conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." (João 17.3)

Podemos ver destas passagens que é preciso conhecer a Deus, e que fazer coisas boas não basta. Para conhecer a Deus, precisamos de ter um relacionamento pessoal com Ele, gastando de tempo na sua presença e falando com Ele. Ele quer ser o nosso melhor amigo e quer estar incluído em toda a parte da nossa vida.

Jesus deu-nos um aviso também, que temos que obedecê-Lo e confessar que pertencemos a Ele. Ele disse:

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." (Mateus 7.21)

e também

"Mas todo aquele que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai que está nos céus." (Mateus 10.33)



3. Porquê é que fazer o bem não basta?

Por mais que nós façamos, não merecemos ir para o céu, porque Deus é santo e o homem sempre peca. Nenhum de nós pode cumprir nem sequer o primeiro mandamento, que é amar Deus com todo o nosso coração, toda a nossa alma e toda a nossa mente. Se pelos nossos próprios esforços pudéssemos merecer ir para o céu, a morte do Senhor Jesus não teria sido necessário. Ele morreu e derramou o seu sangue para nos limpar e faz com que possamos ter uma nova vida que é digna para estar com Deus no céu para sempre.

A Bíblia diz:

"Foi por amor que vocês foram salvos, por meio de fé. Não vem de vós, é um dom de Deus. Não foi obra vossa, portanto ninguém se pode gabar disso." (Efésios 2.9)

"Perguntaram eles (a Jesus): Que faremos para fazer as obras de Deus? Respondeu Jesus: A obra de Deus é esta, crê naquele que ele enviou". (João 6. 28,29)






4. O que é que vai acontecer se eu não deixo que Jesus Cristo tome controle da minha vida?

Se não virarmos as costas para as coisas erradas nas nossas vidas, e pedir a Jesus para entrar, tomar controle e transformar-nos, o aviso de Deus é o seguinte:

"Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte." (Apocalipse 21.8)

Jesus quer que todos estejam com Ele nos céus, mas não pode deixar entrar os pecadores, porque Ele é santo. No entanto, pessoas que têm sido perdoadas e limpas por Ele antes da morte, através de arrependimento e fé no sangue que Jesus derramou na cruz, podem entrar. Falando do céu em Apocalipse, a promessa de Deus é:

"Eu virei muito em breve e trarei comigo a recompensa para dar a cada um segundo as suas obras. ..............Felizes os que lavam os seus vestes no sangue do Cordeiro (Jesus), e que assim têm direito de comer o fruto da árvore da vida e de entrar pelas portas da cidade." (Apocalipse 22.12,14)

Também é lógico que as pessoas que não querem que Deus seja O Senhor das suas vidas agora, não vão querer estar com Ele nos céus para sempre!




5. Quando é que Jesus vai voltar para este mundo?

A Bíblia está cheia de referências acerca do facto de Jesus voltar para este mundo, mas Ele disse que nem mesmo Ele sabia o dia nem a hora do seu regresso. Ele avisou-nos que sempre devemos estar prontos e também nos deu vários sinais, por exemplo:


guerras, fome, pestes e terramotos vão ficar piores;


surgirão muitos falsos profetas;


o evangelho será pregado em todo o mundo (Mateus 24);


nos últimos dias virão escarnecedores, andando de acordo com as suas paixões e dizendo "Onde está a promessa da sua vinda?" (2 Pedro 3.3)

Jesus também disse que o seu regresso seria repentino como um relâmpago que ilumina um céu escuro e acrescentou que o mundo não estaria preparado para tal acontecimento.




6. Como é que será o regresso de Jesus Cristo para este mundo?

Quando Jesus subiu ao céu depois de sua ressurreição a Bíblia fala-nos que dois homens vestidos de branco disseram aos discípulos:

"Varões galileus, por que estão a olhar para o céu? Este mesmo Jesus, que viram afastar-se de vós para o céu voltará da mesma maneira que agora O viram subir." (Atos 1.11)

e Jesus disse:

"Então verão vir o Filho de homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória" (Lucas 21.27)

O Apostolo Pedro disse:

"Mas o dia do Senhor virá como um ladrão. Os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há, se queimarão. .... Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça." (2 Pedro 3.10,13)

Jesus regressará como Juiz. Toda a humanidade será dividida em dois grupos: o povo de Deus para a vida eterna, e os restantes para a morte eterna. Não haverá nada de injusto no Seu julgamento. Será baseado no que cada pessoa fez com Jesus durante a sua vida. Essa decisão vai determinar o que acontece na eternidade - e a escolha é sua.




7. Qual é o maior pecado?

Disse Jesus:

"quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no nome do único Filho de Deus." (João 3.18)

Todo o pecado é mau aos olhos de Deus que é santo e que odeia pecado. Os nossos pecados separam-nos de Deus e a Bíblia fala de muitos pecados, tais como: adultério, assassínio, roubo etc. Todos estes pecados podem ser perdoados e lavados, porque Jesus Cristo pagou o preço dos nossos pecados na cruz, para que possamos ser perdoados e livres do castigo que merecemos.

Porém, o pecado mais grave é quando as pessoas não crêem em Deus e em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que tanto nos ama e que morreu por nós.

Quando não acreditamos em Deus, Ele não pode fazer nada por nós, nem nos pode perdoar. Para sermos perdoados, é preciso ir a Ele em oração e pedir-Lhe perdão, o que significa que temos que crer n'Ele. Visto que Ele nos criou para nós O conhecermos, e para termos comunhão com Ele, é a maior tristeza para Deus quando não acreditamos na sua bondade e amor.




8. O que é que devo crer acerca de Jesus Cristo?

Devo crer que:


Jesus Cristo é o Filho de Deus, e a segunda pessoa da Santíssima Trindade;


Jesus Cristo criou o mundo, sempre existiu, e sempre existirá;


Ele, sendo Deus, veio a este mundo, morreu na cruz pelos nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia, e subiu ao céu;


No dia de Pentecostes Ele mandou o Espírito Santo para encher os seus discípulos;


Ele está agora sentado no lado direito do Pai, orando pela humanidade;


Ele vai voltar da mesma maneira que Ele subiu;


Ele vai julgar o mundo, e haverá novos céus e uma nova terra;


Ele tem todo o poder;


Ele quer perdoar os nossos pecados e transformar as nossas vidas.




9. Qual é a diferença entre o Cristianismo e as outras religiões?

Os cristãos acreditam naquilo que Jesus disse sobre si na Bíblia. Ele disse que Ele era Deus e que o único caminho para ao céu era através d'Ele. Então, a religião cristã é baseada nos factos seguintes:


Jesus Cristo é Deus;


Ele sempre fala a verdade;


Ele explicou o caminho para chegar a Deus Pai;


Deus Pai mandou o Seu Filho, Jesus Cristo, para este mundo para morrer pelos pecados de humanidade;


Todos os homens são pecadores e só através do sacrifício de Jesus na cruz é que podemos ser perdoados e limpos;


Deus, que é santo, só pode deixar entrar nos céus aqueles que são lavados do seus pecados por Jesus Cristo.

Ser cristão não é apenas tentar encontrar Deus desesperadamente. Ser cristão é confiar em Jesus e naquilo que Ele fez, em vez de confiar que as nossas boas obras nos levam a Deus. Outras religiões tentam chegar a Deus, mas é impossível uma pessoa ter um relacionamento com um Deus santo sem ser perdoada e lavada dos seus pecados por Jesus.




10. Por que é que Deus permite sofrimento?

"Se Deus é amor, porque é que as pessoas sofrem tanto? Por que é que Ele não faz parar todo este sofrimento?"

Esta é uma pergunta difícil de responder. Há tanta coisa acerca de Deus que não conseguimos sequer começar a compreender, simplesmente porque Ele é muito superior em sabedoria e poder do que qualquer um de nós. Contudo, a Bíblia lança alguma luz sobre este assunto.

O sofrimento pode ser a consequência do pecado humano. Um motorista bêbedo pode causar dor e sofrimento a um espectador inocente. O orgulho e a ganância de Hitler trouxe sofrimento terrível a milhões de pessoas. Quando Deus nos fez, Ele deu nos o dom precioso da livre vontade. É isto que nos torna humanos, capacitando-nos a amar e a odiar, a ajudar ou magoar outros. Mas este dom maravilhoso da livre vontade tem sido usado vez após vez para o mal. O que fazemos afecta os outros para o bem ou para o mal.

O sofrimento pode ser a consequência da imperfeição humana. Nenhum homem ou mulher é perfeito e por isso ficamos doentes, envelhecemos e morremos. É por essa razão que, por vezes, nascem crianças deformadas. Isto não foi feito por Deus - Ele não deseja castigar os pais e Ele não envia a doença. As doenças e as enfermidades fazem parte de um mundo pecaminoso, e nós estamos sujeitos a elas, tanto os cristãos como o resto de humanidade.

O sofrimento pode ser a consequência do erro humano. Centenas de crianças nascem aleijadas porque as suas mães tomaram uma substância maléfica enquanto estavam grávidas. Não podemos culpar a Deus pelos problemas que resultam de uma falta de conhecimento e de cuidado.

O sofrimento pode ser a consequência dos desastres naturais. O pecado que entrou no mundo através da queda de Adão e Eva afectou a nossa terra de um modo estranho e espalhou com o passar do tempo para todos e para tudo. Por esta razão, temos terremotos, cheias, tempestades e todo o tipo de desastres naturais.

Deus tem o poder para interferir e ordenar que todo mal seja destruído em qualquer momento, mas isto não é o método que Ele quer usar. Ele prefere deixar o mal andar, e quer trabalhar através destas coisas para glorificar o seu nome e mostrar o sua sabedoria e graça. Por vezes, Deus permite o sofrimento nas nossas vidas para nos provar e para fortalecer os músculos da nossa fé. O modo de reagirmos ao sofrimento determina se estamos a crescer na fé ou se estamos a voltar às duvidas e ao ressentimento.

Deus não pede que enfrentemos o mal e sofrimento sem que Ele antes de nós tenha sofrido também. Ele fez isto na cruz quando morreu, sofrendo não só dor física, mas também o castigo do pecado de toda a humanidade. Agora, Ele está nos céus sofrendo connosco e intercedendo por nós, sempre pronto para nos dar graça e poder para que as nossas vidas e caracteres possam ser transformados mais e mais à sua imagem.




11. Por que é que existe o mal no mundo?

Tudo que Deus criou no princípio do mundo era bom e porque Deus queria que nós O amássemos livremente, Ele deu-nos o dom de livre vontade. Ele não nos fez como 'robots' para que tivéssemos de O amar e de Lhe obedecer. Infelizmente, Adão e Eva escolherem desobedecer a Deus, e desde então, toda a humanidade nasce com uma natureza pecaminosa e em rebelião para com Deus. Por natureza, somos todos pessoas que pensam em si mesmas em vez de pensarmos em Deus. É uma doença que não nos afecta só a nós, mas a todos com quem entramos em contacto.

A Bíblia diz:

"Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus." (Romanos 3.23)

"Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeição natural ......"(2 Timóteo 3.1-5)

O homem sempre tenta chegar a Deus, mas não consegue, porque Deus é Santo e há uma separação entre Deus santo e homem que não é santo.

Então, qual é o solução?

Só existe um remédio - Jesus Cristo levou os nossos pecados e a nossa natureza pecaminosa quando Ele morreu por nós na cruz de Calvário. Para que possamos ser perdoados, purificados e começar a ter um relacionamento pessoal com Deus, temos que:


nos arrepender dos nossos pecados, que quer dizer, virar as costas para as coisas más que fazemos.


pedir perdão ao Jesus Cristo e acreditar que Ele nos ouve e nos perdoa.


pedir-Lhe para começar a trabalhar em nós através do Seu Espírito Santo, fazendo de nós uma nova pessoa com novos desejos e atitudes.


falar com Ele e obedecer tudo que Ele nos diz. Ele vai falar connosco quando lemos a Bíblia ou através da nossa consciência.

Estas são boas noticias!

Em todas as outras religiões pessoas tentam a chegar a Deus através de boas obras. A mensagem de Cristo é que podemos ter um relacionamento pessoal come Deus através de fé e confiança naquilo que Jesus fez por nos.






12.Como sabemos que Deus existe?

Há muitas coisas que não podemos ver - sabemos contudo que elas estão lá. Não podemos ver o vento, mas sabemos que ele existe porque o podemos ver a soprar nas folhas das árvores. Temos muitas provas ao nosso redor sobre a existência de Deus. A beleza da natureza fala de Deus, assim como a simetria, a ordem e as leis naturais que se encontram na vida diária. Deve existir alguém muito inteligente e poderoso que designou este universo tão vasto e espantoso. Deus é um grande desenhador, arquitecto e criador. O corpo humano é só um exemplo dos muitos mecanismos maravilhosos que Deus criou.

Se ainda tem dificuldades em acreditar em Deus, pode falar com Ele de uma maneira simples e honesta sobre as suas dúvidas, e Ele vai responder-lhe e revelar-lhe a Sua bondade e amor.




13. O inferno é um lugar ou um estado da alma?

As pessoas dizem que o inferno existe aqui na terra quando há muito sofrimento, mas quando a Bíblia fala do inferno, está a falar dum lugar donde Deus retirou a sua presença e, por consequência, toda a sua luz e amor. Jesus descreve este lugar como um local de escuridão, choro e tormento. É uma prisão de vida eterna sem remissão possível. A Bíblia chama a isto eterna separação de Deus. O inferno é o lugar onde o diabo vai ser lançado, juntamente com aqueles que não se arrependem. A Bíblia diz:

"E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para todo o sempre." (Apocalipse 20.10)

"Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte." (Apocalipse 21.8)




14. Será que o diabo existe?

O Senhor Jesus Cristo foi tentado pelo diabo no deserto (Mateus 4.1-11) e muitas vezes Ele falou sobre a obra de diabo. (Mateus 13.1-33). A experiência de vida também nos mostra que existe um espírito invisível, inteligente e muito astuto que domina a humanidade.




15. Como é Deus?

Ao observarmos a criação e o mundo em que vivemos podemos aprender algo acerca do Criador. Podemos observar que o Criador gosta de beleza e de cor. Podemos detectar o seu cuidado no mínimo pormenor. O funcionamento do corpo humano é uma obra-prima em desenho e função. O tamanho e o poder das montanhas e dos mares dizem-nos algo acerca do poder omnipotente deste Deus criador.

Mas, como é Deus? Podemos ler a resposta na Bíblia que nos diz que Deus é Espírito. Que quer dizer isto?

Temos um corpo para vivermos aqui na terra. Um peixe tem um corpo para viver no mar. Deus vive no céu, pois que Ele é Espírito. Isto não quer dizer que Deus é um fantasma misterioso. Ele tem vontade, mente e emoções. Pode estar em todo o lugar, ver tudo, conhecer tudo o que se passa. Ele pode amar-nos, guiar-nos e proteger-nos. Ele ouve as nossas orações. Ele é tão poderoso e maravilhoso que nós não O compreendemos complemente.

Para que nós O pudéssemos compreender melhor, Deus decidiu vir em pessoa à nossa terra e mostrar-nos como Ele é. Veio como um bebé - nasceu como nós. Ainda assim o seu nascimento foi diferente porque Deus era o seu Pai.

Jesus era totalmente humano, sendo também totalmente Deus. Porque Ele é humano, conhece o tipo de problemas que enfrentamos. Porque Ele é Deus, pode ajudar-nos.

Jesus disse:

"Quem me vê a mim vê ao Pai." (João 14.9)






16. O que significa seguir Jesus?

O cristão não é aquele que decide seguir Jesus - tal como alguém que decide juntar-se a um clube de ténis. O cristão é aquele que é escolhido por Jesus. Ele mesmo disse:

"Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós." (João 15.6)

O cristão foi escolhido para ser um discípulo, isto é, um seguidor de Jesus. E isto não só significa conhecê-Lo, amá-Lo e confiar n'Ele, mas também significa estar totalmente dedicado a ele. Jesus descreve um discípulo da seguinte maneira:

"Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me." (Mateus 16.4)

Jesus não estava a falar em deixar de comer doces durante a Quaresma ou de nos negarmos a ter um pequeno luxo. É algo mais radical - é dizer 'não' ao nosso modo de viver e de pensar só em nós mesmos, é dizer 'sim' a Jesus.

Um discípulo é um aluno, e como discípulo eu quero escutar Jesus e obedecer-Lhe, uma vez que a minha vida não é mais minha para fazer com ela o que eu quiser. Agora pertenço a Jesus. Ele é o Senhor e mestre de tudo o que sou e de tudo o que tenho. Sou responsável perante Ele por aquilo que faço com o que Lhe pertence a Ele de direito.

Para Jesus a cruz significou dor e vergonha, solidão e rejeição, sofrimento e morte. Jesus chama os seus discípulos a seguirem o mesmo caminho e a não ficarem surpreendidos quando a incompreensão e a oposição vierem. Hoje há, provavelmente, mais cristãos a sofrer pela sua fé do que em qualquer outro período da historia.

Seguir Jesus quer dizer:


obedecê-Lo sempre que Ele nos fala através da Bíblia ou do Espírito Santo;


querer agradar-Lhe a fazer a Sua vontade;


cuidar dos outros, como Jesus;


aceitar as pessoas e amá-las, como Jesus;


ter tempo para as pessoas, particularmente os necessitados;


ser uma luz no mundo, vivendo uma vida de verdade, honestidade e compaixão, como Jesus.




17. O que vai acontecer no futuro?

Será que a raça humana vai acabar consigo própria e com o mundo por meio de uma explosão?

É bem certo que, pela primeira vez na história, temos os meios para o fazermos. Mas a mensagem bíblica proclama que "o nosso Deus reina". Deus está no controle de tudo e nada que a raça humana possa fazer irá impedir que a vontade de Deus seja feita. O dia vem quando Jesus Cristo vai voltar para este mundo e vai tomar o controle completo.

Como acontecerá isto? A Bíblia é cheia de referências a este acontecimento. Este facto tem sido a confiança segura dos cristãos através dos séculos, baseado na própria promessa de Jesus: "Voltarei outra vez". A segunda vinda em poder e glória terminará o livro da história humana e mundial.

Quando acontecerá? A resposta simples é que não sabemos - só Deus sabe. Contudo, Jesus avisou-nos em Mateus, capítulo 24, acerca dos sinais da sua vinda:


desastres naturais, fome, pestes e terremotos;


guerras e insurreições, revoluções e opressão cruel;


aparecimento de seitas e falsos profetas;


aumento de medo e de tensão e relacionamentos desfeitos;


o evangelho será pregado em todo o mundo;


cristãos vão sofrer perseguição intensa.


o sol ficará escuro e a lua deixará de brilhar; as estrelas cairão e os poderes do céu vão estremecer.

Jesus disse que o seu regresso seria repentino. Ele comparou-o a um relâmpago que ilumina um céu escuro. Será o próprio Jesus que virá e será claramente visível a todos e Ele terá autoridade total sobre todos os outros poderes, humanos ou satânicos.

Mas isto não é o fim final porque a Bíblia fala também dos novos céus e um novo terra, onde tudo estará de acordo com a vontade de Deus. Se quisermos, todos nós podemos tomar parte desta nova criação, mas cabe a nós nos preparar para aquele dia em que Jesus voltará. O conselho da Bíblia é: "Enquanto esperam por esse dia, façam tudo para que Deus os encontre sem faltas, sem pecados e em paz. " (2 Pedro 3.14)




18. O que vai acontecer depois de morte?

Há uma coisa absolutamente certa - um dia vamos morrer! Nunca se sabe quando, onde, e como. Nunca se sabe se vai ser uma coisa muita repentina, ou se vai acontecer depois dum longo período de doença.

Desde que todos nós vamos morrer, é lógico que o Deus que nos criou tenha deixado alguma ideia sobre o que vai acontecer depois. Se não fosse este o caso Ele seria muito cruel, mas a realidade é que Ele é um Deus de amor, e quer que nós possamos saber o que vai acontecer depois da morte do nosso corpo.

O Senhor Jesus Cristo e mais ninguém tem autoridade para nos ensinar sobre a morte. Porquê?

Porque:


Ele é Deus;


Ele é a verdade, e fala a verdade;


Ele veio viver neste mundo para nos ensinar sobre a vida e a morte;


Ele passou pela experiência da morte e voltou a viver. Então Ele tem conhecimento desta realidade.

Devemos então prestar atenção àquilo que Jesus disse na Bíblia. Ele fala-nos de dois mundos eternos, o céu e o inferno. Quando os nossos corpos morrem, os nossos espíritos continuam a viver porque estes nunca podem morrer.

O inferno é o lugar donde Deus retirou a sua presença e, por consequência, toda a sua luz e amor. Jesus descreve este lugar como um local de escuridão, choro e tormento. A Bíblia chama a isto eterna separação de Deus. O inferno é uma prisão de vida eterna sem remissão possível. Deus não manda ninguém para o inferno. As pessoas vão para lá por escolha própria, por ignorarem ou rejeitarem Jesus como a única esperança de libertação e de vida eterna, porque Deus providenciou a remissão (o perdão) dos pecados ao deixar Jesus sofrer aquela terrível pena de morte. Sobre inferno, Jesus disse:

"Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." (Mateus 10.28)

"É melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. " (Mateus 5.29)

"Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reina tudo o que causa pecado, e todos os que cometem iniquidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes." (Mateus 13.41)

"...vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão, os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, e os que praticaram o mal, para a ressurreição da condenação." (João 5.28,29)

O céu é apresentado como um lugar de amor e felicidade perfeitos, de paz duradoura e satisfação completa - tão encantador e maravilhoso que nem sequer conseguimos começar a compreender. Não haverá mais pecado, nem morte, nem mal, nem violência, nem ódio, nem separações, nem diabo a importunar e a atormentar, nem mais dor e sofrimento.

A vida cristã aqui é uma preparação para essa vida maravilhosa que há-de vir. Veremos Jesus face a face. No final dos tempos seremos levantados dos mortos com um novo corpo espiritual. Esse corpo ressuscitado será como o corpo ressuscitado de Jesus, perfeitamente adequado para a vida com Ele no céu. Todos os quebra-cabeças e mistérios da vida serão resolvidos.

Se ama Jesus, não precisa nunca de ter medo da morte. Quando o seu corpo morrer, o seu 'eu' verdadeiro vai direitinho para junto de Jesus! Será como adormecer e depois acordar. A primeira pessoa que verá será Jesus a dar-lhe as boas vindas por ter finalmente chegado ao lar. Jesus disse:

"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho único, para que todo aquele que acredita n'Ele não se perca mas tenha a vida eterna." (João 3.16)

Jesus nunca falou dum outro lugar (como o purgatório por exemplo) além do céu e do inferno, nem na possibilidade de orar pelos mortes, a fim de que os seus destinos possam ser mudados. A Bíblia fala assim:

".. aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo." (Hebreus 9.27)

"Pois todos devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." (2 Coríntios 5.10)

"E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se livros. Abriu-se outro livro, que é o da vida. Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." (Apocalipse 20.12)

"De modo que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." (Romanos 14.12)

Cabe a nós pensarmos seriamente se estamos preparados para morrer, sabendo que depois vamos estar em pé diante de Deus a dar contas a Ele.



19. Qual é a decisão mais importante da minha vida?

Claro que temos muitas decisões importantes a tomar - com quem casar, que profissão seguir, onde morar etc. Gastamos muito dinheiro e tempo em cuidar dos nossos corpos, mas poucas vezes pensamos na parte espiritual e como nos preparar para a vida depois de morte. Esta vida é passageira e ninguém sabe quanto tempo resta até Deus nos chamar.

Devemos, então, tomar outras decisões importantíssimas enquanto temos tempo. Devemos pensar:


como é que posso me preparar para a vida que vai durar para eternidade?


o que Deus pensa da minha vida agora?


será que as coisas que faço neste mundo agradam a Deus e que vou ser recompensado quando eu chegar diante d'Ele no dia de juízo final?


visto que Deus me criou e me ama, o que é que Ele quer de mim?

Então, a decisão mais importante é -


se vou seguir Jesus Cristo e o Seu caminho, que me leva ao céu, ou


se vou seguir o meu próprio caminho, que me leva para o inferno.




20. Qual é a diferença entra O Velho Testamento e o Novo Testamento?



É muito importante nós compreendermos a diferença entre o Velho Testamento e o Novo Testamento, o que significa que percebemos a diferença entre como Deus tratou as pessoas nos tempos antes da vinda de Jesus Cristo (a história do Velho Testamento) e como Deus agora trata as pessoas desde da vinda de Cristo (no Novo Testamento).

Desde o principio do mundo, depois de Adão e Eva terem caído em pecado, tem existido o problema de pecado, mas a maneira que Deus trata deste problema mudou radicalmente com a morte de Jesus Cristo.

Nos livros de Êxodo, Levítico e Números podemos ler todas as leis que foram criadas e os sacrifícios que tiveram de ser feitos todas as vezes que a lei foi desobedecida. Mesmo assim, os sacrifícios feitos pelos pecados só foram eficazes em perdoar e cobrir o pecado, e por mais que tentasse, o povo sempre caia em pecado porque ninguém que viveu naqueles dias tinha a capacidade de não pecar.


O Velho Testamento fala muitas vezes sobre a gloriosa vinda de Jesus e a nova aliança que ele ia trazer. Deus queria uma coisa muito melhor para que a humanidade pudesse viver numa maneira muito diferente, mas só seria possível através de um preço muito grande - o sacrifico do Seu único filho, Jesus Cristo. O sangue puro que Jesus derramou quando Ele morreu foi eficaz de não só perdoar os pecados de humanidade mas também de os limpar, e quando Ele subiu aos céus Ele derramou o Seu Espírito Santo para que nós possamos receber o seu poder e começar a viver com vitoria sobre o pecado.

Então, o que Deus queria para a humanidade, que só se tornou possível através da morte do Seu Filho?

1. Jesus ofereceu a si mesmo como o sacrifício perfeito, uma vez para sempre, e por isso não há necessidade para mais sacrifícios. Ninguém pode fazer nada para pagar pelos seus pecados ou para chegar perto de Deus.

2. O sangue puro de Jesus Cristo tem poder não só para perdoar pecado mas também para limpar o coração.

3. Depois da morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo, Ele enviou O Seu Espírito Santo para encher os seus discípulos com a Sua vida que é eterna. Desde então todos nós que amamos Jesus podemos receber este Espírito Santo enquanto as pessoas no Velho Testamento não tinham este privilegio.

4. No Velho Testamento as leis foram escritas em pedra, mas quando recebemos o Espírito Santo, Deus escreve as leis dentro de nós para que se tornam parte da nossa vida. Nunca mais teremos de lutar para cumprir a lei, ao contrario, tornar-se-á natural.

5. Depois de recebermos o Espírito Santo, poderemos aprender a andar no Espírito, o que significa que já não seremos escravos do pecado, mas o poder de pecado será quebrado e seremos livres para obedecer a Deus.

6. Ao receber esta nova vida de Cristo, a nossa velha vida morrerá e seremos libertos dos vícios que antes nos agarravam.

7. Esta nova vida satisfará o nosso ser, encher-nos-á com o amor de Deus e dar-nos-á paz.

8. Teremos a certeza que somos salvos, que estaremos com o Senhor quando morrermos, e que toda a nossa vida será orientada pelo Senhor.

9. Teremos a certeza que somos filhos de Deus, adoptados na sua família.

10. Tornar-nos-emos membros da Igreja de Cristo que é o Seu corpo e receberemos dons do Espírito para podermos servir a Deus.







Fonte Comcristo.

sábado, 17 de agosto de 2013

Como morreram os apóstolos de Jesus?

Como morreram os apóstolos de Jesus?

Enquanto Tiago (irmão de João) e Judas têm suas mortes relatadas na Bíblia, o fim dos outros é especulado pela tradição e parcos indícios históricos

Da Redação / Fotos: Thinkstock
Fonte Arcauniversal

Os famosos apóstolos de Jesus Cristo eram homens comuns, chamados por Ele para ajudar a divulgar a Palavra de Deus. Eram pastores, pescadores, coletores de impostos e outras funções bem comuns, porém, indispensáveis ao cotidiano. Apesar da honra de acompanhar os passos do Messias e continuar a espalhar o Evangelho após sua morte, ressurreição e subida aos céus, o próprio Jesus os advertia de que a vida não seria nada fácil para todos eles. Os riscos não seriam poucos.
E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós.
E de todos sereis odiados por causa do meu nome.
 Lucas 21:16-17

A escolha

  • Ainda assim, escolheram o caminho de Cristo, por amor a Deus – exceto Judas Iscariotes, que tinha outros interesses, embora Jesus tivesse profetizado o fato e a Palavra ateste que havia a influência de Satanás. Todos sabiam que, como o Messias, eles também seriam perseguidos.
“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim.
Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.
Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.”
 
João 15:18-21
A morte os espreitava de perto. A maioria foi literalmente executada por seus inimigos, inclusive grandes lideranças da época.
“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.
Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;”
 Mateus 10:16-17
Um dos apóstolos cuja morte está registrada nas Escrituras é Tiago (o irmão de João):
“E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
E matou à espada Tiago, irmão de João.”
 Atos 12:1-2

O outro seguidor de Cristo cujo fim consta na Bíblia é Judas Iscariotes, que traiu Cristo, influenciado pelo diabo. Enforcou-se, corroído pelo remorso:
“Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,
Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.
E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.”
 Mateus 27:3-5
Quanto aos outros discípulos diretos de Jesus, e aos que não o conheceram pessoalmente, mas o seguiram fielmente, como Paulo, suas mortes são conhecidas mais devido à tradição que a registros históricos. Os dados são imprecisos, mas é o que de mais próximo encontramos hoje.
Pedro teria sido crucificado em Roma quando da perseguição do imperador Nero aos cristãos. Há a crença de que tenha sido crucificado de cabeça para baixo (ilustração ao lado), e duas versões para o motivo. Conforme a primeira, foi a seu próprio pedido, por não se achar digno de morrer da mesma forma que seu Salvador. A segunda hipótese era a de que isso foi feito para humilhá-lo ainda mais. Teria morrido sufocado pelo próprio sangue.
André, segundo creem, foi amarrado a uma cruz em forma de “X” na Grécia, onde foi para pregar o Evangelho.
Tomé, o que só acreditou na ressurreição de Jesus após ver e tocar seus estigmas, tornou-se um dos mais ativos pregadores no leste da Síria. Teria sido morto na Índia por lanças de soldados locais.
Filipe teria sido executado por ordem de um nobre de Cartago (norte da África, então Ásia Menor), irado por sua esposa ter se convertido ao cristianismo por causa do apóstolo. Uns afirmam que foi preso e torturado até morrer, enquanto outros defendem que foi crucificado. Há ainda quem diga que foi crucificado e apedrejado na Frígia, na atual Turquia.
Mateus, o ex-publicano (coletor de impostos), teria sido apunhalado na Etiópia, segundo a tradição.
Dizem que Bartolomeu foi esfolado vivo e decapitado a mando do dirigente de Albanópolis, atual Derbent, na Rússia, onde ele teria chegado em trabalho de evangelização.
Tiago, filho de Alfeu, parente de Jesus e influente líder do cristianismo em Jerusalém, pode ter sido apedrejado na cidade logo após a morte do governador romano Pórcio Festo, no ano 62, segundo o historiador Flávio Josefo em sua famosa obra “Antiguidade Judaica”. A acusação para tal sentença seria a “violação da lei” dos judeus, alegada pelo sumo-sacerdote Ananus.
Simão, conforme dizem, foi morto a machadadas pela multidão instigada por sacerdotes pagãos e autoridades após negar sacrifício ao deus sol na Pérsia. Este também teria sido o destino de Judas Tadeu, na mesma ocasião.
Matias, que substituiu Judas Iscariotes (Atos 1:15-26), segundo a tradição, seguiu a pregar pela Síria com André. Teria sido executado numa fogueira.
Lucas, o médico, não conheceu Jesus pessoalmente, mas recolheu relatos dos apóstolos e escreveu o evangelho que leva seu nome em linguagem mais detalhada. A ele também é atribuída a autoria do livro de Atos. Teria sido enforcado em uma árvore na Grécia.
Paulo, ex-Saulo de Tarso, perseguidor de cristãos convertido em um dos maiores evangelistas da história, não conviveu com Cristo quando Ele habitou a Terra em carne, mas é até hoje considerado um grande apóstolo. Teria sido decapitado em Roma.
João, o apóstolo do Apocalipse, pode ter sido o único discípulo direto de Jesus que teve morte natural, atingindo idade bem avançada (por volta de 100 anos). Fugindo à perseguição do imperador romano Domiciano, refugiou-se na ilha de Patmos, na Grécia, onde teria tido as visões que resultaram no texto do último livro bíblico, o Apocalipse. Segundo o historiador Eusébio de Cesareia, teria morrido em Éfeso.
Embora descobrir como os apóstolos morreram seja de interesse geral e isso não possa ser comprovado (excetuando-se Judas Iscariotes e Tiago), é bem mais importante saber que todos estavam dispostos a dar suas vidas pela fé em Jesus Cristo, ainda que fossem forçados a negá-la. Mesmo Pedro, que negou a Jesus antes de sua crucificação, tornou-se um de seus maiores pregadores e nunca mais O negou, morrendo como legítimo cristão. Neste caso, o como é menos importante que o porquê.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Em pecado me concebeu minha mãe - Estudo sobre esse texto

Iniqüidade é o estado de institucionalização do pecado ou da corrupção. O pecado de fornicação se institucionalizou na história de Israel desde os dias de Abraão até os dias de Davi. Por causa da aceitação deste ato hostil entre os hebreus, o pecado de fornicação foi se institucionalizando de forma assustadora, de tal forma que se tornou comum na família hebréia. Por causa disso, os espíritos familiares não hesitaram em implantar este pecado como uma cultura entre o povo. Mas essa prática jamais deixou de ser abominável a Deus e à sua Palavra. Os espíritos familiares não atuam geneticamente, mas através do tempo, como potestades do ar. Eles não morrem, razão pela qual têm informações privilegiadas de cada pessoa da terra (Is8:19). Eles não são hereditários, mas atuam, historicamente,por meio das potestades do ar. (1) Repetem circunstâncias negativas que os pais de uma raça viveram: assim como Abraão mentiu sobre sua esposa, Isaque também fez o mesmo. (2) Cobram juramentos e palavras ditas no mundo espiritual e não foram cobradas. Por exemplo, os irmãos de José disseram que se a taça de José fosse achada com um de seus irmãos, eles e seus filhos seriam escravos de Faraó. Centenas de anos depois, os filhos de Israel tornaram‐se escravos de Faraó. (3) Operam a morte pela base legal, que é concedida por meio das palavras proferidas sem temor, tal como Jacó falou a Labão a respeito do seu ídolo:“Certamente morrerá”. Assim, na ocasião do nascimento de Benjamin, a sua mulher amada, Raquel, morreu segundo a palavra de seu esposo. (4) Executam maldições ditas como foi o caso de Rebeca, que invocou maldições sobre si ao incitar Jacó a mentir para seu pai, Isaque. (5) Eles atuam na ilegalidade. Os porqueiros criavam porcos ilegalmente em Gadara,onde tinham liberdade para operar. (6) Eles atuam pela idolatria, como foi o caso de Mical. Quando Davi fugiu para livrar‐se de Saul, o qual queria matá‐lo, Mical colocou um ídolo na cama em lugar de Davi, para despistar o seu pai. Isso quer dizer que aquele ídolo estava ali no quarto, no meio de seu relacionamento matrimonial. Objetos, algumas situações, algumas fotos, determinados vídeos, todas as revistas pornográficas e coisas semelhantes são pontos de contatos para os espíritos familiares, os quais podem permanecer na cadeia familiar por muito tempo. (7) Procuram brechas para a libertinagem e atuam sobre as pessoas influenciadas pela vida libertina da cidade onde vivem. (8) Dão continuidade à maldição dos antepassados, como foi o caso de toda a descendência de Cão, que optou pela perversão. Toda a descendência dos cananeus estava sob a influência do espírito familiar da perversão. Embora esta não tenha sido a classificação dos pecados da família real de Judá, os espíritos familiares, porém, operaram a fornicação como a grande iniqüidade da qual Davi reclamou diante de Deus no Salmo 51:5: “Em iniqüidade fui formado”, isto é, sob a institucionalização da fornicação. Mas, como esta iniqüidade se estabeleceu na sua descendência?
1. Abraão casou‐se com uma irmã (Gn 20:12). Segundo a Palavra de Deus, estaria enquadrado no texto de Levítico 18:9.
2. Abraão não se importou em oferecer a sua mulher a outro homem (Gn 12:13; 20:2), por duas vezes, contanto que o seu ouro fosse poupado.
3. Labão entregou a sua filha à fornicação com Jacó, o qual a conheceu sem tê‐la recebido como sua esposa, pois esperava a outra, Raquel, que não lhe foi dada (Gn 29:21‐27).
4. Era comum entre as mulheres da mesma família trocar noites íntimas com o seu marido por presentes interessantes (Gn 30:16).
5. Inconscientemente, Ló cometeu incesto com as suas filhas, e isto contribuiu para a institucionalização da iniqüidade. Daquele incesto, surgiram Amon e Moabe, e, deste último, sairam parentes da família real, como, Roboão (1 Rs 14:21) e Rute (Rt 2:6), que será bisavó de Davi, o grande rei de Israel. Observe que havia uma ordenança quanto aos amonitas em Deuteronômio 23:3. E ela sempre foi desrespeitada pelos israelitas.
6. Judá cometeu fornicação inconsciente com Tamar, mas estava consciente de sua atitude ao procurá‐ la como sendo uma prostituta (Gn 38:15). Embora ela fosse a mulher de seu pacto, a mulher original de sua vida, ele acabou cometendo fornicação com ela. Mas, segundo o propósito de Deus, ela era a mulher de seu pacto (Ml 2:11,14). Mas Judá a desprezou, passando a sua responsabilidade para seus filhos meio cananeus (Gn 38:6‐14), que não quiseram dar‐lhe descendência. Eles não tinham idéia de que a semente da mulher estava diante deles (Gn 3.15). Ainda assim, não tinham sangue puro para serem ascendência do Messias.
7. Raabe era uma prostituta e casou‐ se com Salmon, união da qual nasceu Obede. 7. Obede cometeu, inconscientemente, incesto com Rute na caverna da eira, a qual foi aconselhada por Noemi, com o fim de forçar Boaz a assumi‐la como seu remidor (RT 3:1‐9). O ato de “descobrir os pés”, descrito de forma honesta e tradicional, significava, biblicamente e nos dias antigos, o mesmo que ter relação íntima. Em toda a Bíblia, a intimidade é mencionada classicamente desta forma: (1) O ato de depilar as partes íntimas do homem era dito da seguinte maneira: “Naquele dia, o Senhor depilará (…) os cabelos dos pés, totalmente os tirará”, referindo‐ se às partes da vergonha. Algumas versões já traduziram como encontra‐ se registrado nos originais mais antigos (Is 7:20). (2) O ato do homem preparar‐se para a relação íntima era descrito assim: “Já despi as minhas vestes; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar?”, referindo‐se à higiene do homem diante de sua esposa (Ct 5:3). (3) O ato de uma mulher investir, a fim de conseguir selar um propósito com o ato sexual, era dito assim: “Lava‐te e unge‐te, e veste as tuas vestes, e desce à eira; não te dê a conhecer ao homem, até que ele haja acabado de comer e beber” (Rt 3:3; Ct 5:1). E: “há de ser que, quando ele se deitar, notarás o lugar em que se deitar; então, entra, e descobrir‐lhe‐ás os pés, e te deitarás”. Boaz estava bêbado, e Rute, como boa descendente de sua matriarca de Moabe, a filha de Ló, que havia feito o mesmo com o seu pai, agora está agindo de forma semelhante.
O ataque dos espíritos familiares na família de Davi.

Mesmo depois de todos os acontecimentos que demonstravam o desejo dos hebreus de se verem livres do poder da iniqüidade da fornicação, sempre havia uma surpresa que os desanimava. Agora, com todo este currículo de iniqüidade, Davi exclama: “Fui formado em iniqüidade”.Afinal, descobre a verdade de seu nascimento: “Em pecado me concebeu a minha mãe” (Sl 51:5). Embora este texto tenha sido explicado na História como sendo uma sina humana ou seja, o “pecado original”, pelos pais da Igreja, em realidade não passa de uma conjectura, porque, na verdade, não existe pecado original. Nenhum texto da Bíblia apóia tal doutrina católica, a qual os protestantes, sem uma avaliação, acabaram herdando daquela teologia. Na verdade, Davi estava falando de sua situação pessoal,da sua afronta e da afronta de sua pequena família, que vivia em uma tenda campal separada da casa de Jessé. Não se referia ao pecado de Adão, pelo qual toda a raça humana foi condenada à morte (Rm 5:14). Pois, se assim fosse, a relação íntima entre marido e mulher seria considerada impura e pecaminosa, quando, de fato, é um ato santo e,também,de santificação (1Co 7:14). Hoje, inclusive, alguns crêem e defendem veementemente que a relação conjugal é um grave pecado. Mas, o que nos chama a atenção é que, geralmente, os tais defensores têm tantos filhos quanto Jacó! Esta saga de Satanás em querer manchar a honra da família real é uma longa história. O próprio Davi foi acusado por Saul de perverso; Saul chamou o seu próprio filho de filho da perversa (1 Sm 20:30), referindo‐se à pura amizade entre Davi e Jônatas. A tradição judaica trata de costurar muitas situações a fim de esconder a verdade, mas a Bíblia a contradiz sempre. Vejamos: a enciclopédia judaica está cheia de erros. Por exemplo, ela diz que Zorobabel é o mesmo Neemias, quando a Bíblia diz, categoricamente, que não (Ed 2:2). A tradição judaica ensina que a maldição de Jeconias foi cancelada antes da vinda do Messias, mas a Bíblia diz que não, pois, até hoje, nenhum rei assentou no trono, nem se assentará, até que venha o Cristo (Ez 43:4,5), porque ele, por ser filho de Natã, será herdeiro direto de Davi, sem mancha, sem corrupções anteriores registradas na vida dos reis descendentes de Salomão. E, como pela linhagem de Natã ninguém foi rei, a não ser a fonte que é Davi, o Messias seria herdeiro e sucessor direto de Davi. Os rabinos defensores da tradição judaica dizem que o Messias deveria ser filho direto de Salomão, mas a Bíblia diz que ele deveria ser filho direto de Natã, outro filho desprezado de Davi. E, assim, a tradição judaica ainda continua invalidando a Palavra de Deus, como Jesus denunciou nos seus dias!
O origem de tudo.

Lendo o texto de 2 Samuel 17:25:“E Absalão colocou Amasa (“fardo”) à frente de seu exército, no lugar de Joabe. E Amasa era filho de um homem chamado Itra (“abundância”), israelita, que se chegou a Abigail, filha de Naás (“serpente”), irmã de Zeruia, mãe de Joabe” (2 Sm 19:13; 20:9‐12). O destino de Amasa está sendo confirmado. Aqui, chegamos a conhecer quem era a mãe de Davi: Naás. Davi tinha duas irmãs: Abigail e Zeruia. Abigail foi mãe de Amasa e Joabe era filho de Zeruia, uma mulher de caráter forte, grande influenciadora de seus tres filhos: Abisai, Joabe e Asael (1 Cr 2:16). Davi suportava os filhos de sua irmã Zeruia, pois eram um mal necessário. Embora fossem seus sobrinhos, Davi não os considerava parentes (2 Sm 19:22).Mas Davi amava o filho de sua irmã Abigail (2 Sm 19:13), e a ambos, mãe e filho, considerava de fato seus parentes sanguíneos: carne da mesma carne e osso dos seus ossos. Sabemos, pelo texto abaixo que Naás era mãe de Davi, e Zeruia e Abigail suas irmãs por parte de mãe. Davi, com isso, era filho de Jessé com Naás.Esta era a razão pela qual Davi vivia isolado com a sua mãe em uma pequena tenda no campo, onde: (1) Era considerado vil (Sl 69:19) e como pastor de umas poucas ovelhas, foi acusado indiretamente de fracassado por seu irmão mais velho (1 Sm 17:28). (2) Seus irmãos o abandonaram no lodo (Sl 69:2). (3) Foi deixado no deserto, desesperado (Sl 69:3). (4) Foi odiado sem razão muitas vezes (Sl 69:4). (5) Seus irmãos eram seus inimigos gratuitamente (Sl 69:4c). (6) Vivia sob grande afronta e vergonha por causa da situação civil de sua mãe (Sl 69:19; Sl 51:5). Mas sua mãe era uma mulher forte e o ensinou a vencer os desafios da vida. (7) Era considerado estrangeiro por seus irmãos (Sl 69:8). (8) Sua pequena família amava o culto e a casa de Deus (Sl 69:9). (9) Passou fome (Sl 69:10). (10) Era objeto de escárnio de seus irmãos (Sl 69:11). Um de seus irmãos era o principal autor desses escárnios; por isso o tal perdeu o seu lugar na lista dos filhos de Jessé e o seu nome foi borrado e Davi tomou o seu lugar, conforme a profecia dita a Rute, mas que se cumpriu em Davi (Sl 69:28; Rt 4:14,15): “…Melhor do que sete filhos”, era o oitavo filho de Jessé (1 Sm 16:6‐10; 1 Cr 2:15). (11) Era motivo de fofocas (Sl 69:13) e tema das canções dos bêbados. (12) Sabia qual era a sua grande afronta, por ser um filho ilegítimo (Sl 51:5; Sl 69:19). (13) Era odiado pelos seus irmãos, que zombavam dele (Sl 69:21). (14) Chamado de presunçoso, maldoso e bisbilhoteiro (1 Sm 17:28). (15) Era acusado sem saber porquê (1 Sm 17:29).
Por que Davi era tão odiado?

Seu pai, Obede, tendo considerado toda a trajetória da sua família, percebendo a iniqüidade em que todos estavam envolvidos, considerando a promessa da Semente da mulher (Gn 3:15), entendeu que nenhum de seus filhos poderia ser um instrumento para a descendência do Messias. Sendo de Belém de Judá, crente nas profecias, sentia o encargo e o peso da sua responsabilidade presente. Lembre‐se de que Satanás vem trabalhando pessoalmente para destruir a semente da mulher (Ap 12:4). Ele investiu contra todos os primogênitos, contra todos os filhos varões de Israel no Egito, mas cometeu um erro grave: deixou vivas as mulheres (Gn 3:15). Ele raramente se importava com elas. Atacava os varões e deixava livres as mulheres, e nelas residia o segredo! Nos dias de Jessé, ele resolveu mudar de tática: investiu em Naás. Seu nome significa “serpente”. Morava ali, na casa de Jessé.Era um serva, provavelmente, cananéia, logo, fora do pacto (Lv 25:55). Então, dali veio o ataque da “serpente”. Em meio a tantos problemas relacionados à fornicação e pecados de ordem sexual, sob o poder da iniqüidade que reinava naquela semente, Davi nasceu como fruto de uma relação conjugal contratada, como aconteceu com Léia e Raquel (Gn 30:12‐16), Sara e Agar (Gn 16:2). Naás, ficou grávida de Davi da mesma forma como Léia ficou de Issacar. A tradição judaica diz que Naás era uma das servas de Jessé, assim como Bila e outras eram servas de Jacó. O acontecimento causou tanta dor e agonia em todos, que Jessé acabou providenciando uma pequena tenda à parte no campo, onde, com alguns animais e poucas ovelhas, aquela pequena família viveu. Uma outra Léia levantou‐se, mas em Belém de Judá, Naás. Depois, nasceram outras duas filhas: Zeruia e Abigail, as quais serão mães dos maiores generais da história de Israel: Amasa, Joabe, Abisai e Asael, todos sobrinhos de Davi (2 Sm 17:25).
A aparência de Davi coma sua mãe revoltava os seus sete irmãos, que zombavam dele constantemente, fazendo‐lhe maldades das mais cruéis, desejando a sua morte a pontode o abandonarem entre os ursos e os leões daquelas paragens; e também em charcos, em lamaçais e em aguaceiros. Dando‐lhe veneno. Sua vida foi cruel no meio de seus irmãos. Jessé o detinha ali, um pouco longe deles, mas era em vão. Naquela tenda pastoril, criado pela sua mãe, ele aprendeu a tocar harpa, a arte da guerra, a acertar alvos com pedras, a arte da funda, e os segredos da noite no meio de seu pequeno rebanho, atração dos leões ferozes da região. Ruivo como a sua mãe, de belo parecer, sisudo em palavras, valente, cheio de ânimo, varão de guerra e, acima de tudo, o Senhor era com ele (1 Sm 16:18).Por todas estas coisas maravilhosas inspirava inveja de todos os seus irmãos. Ele jamais havia comido na mesa da casa de seu pai. Jamais havia assentado‐se no meio de seus irmãos. Era uma utopia pensar que um dia seria diferente.
Dias antes do grande acontecimento, Saul estava agindo de maneira muito estranha. Sendo de Benjamin, teve a oportunidade de dar início ao Reino de Israel, segundo o mandato de Deus, para justificar a entrada definitiva de Judá, por causa de seu fracasso. Isto é, Benjamin poderia alegar que jamais teve a oportunidade. Deus sabe o que faz. Com o fracasso de Benjamin, Judá estava livre para entrar. Com a desobediência de Saul, Deus manda Samuel sacrificar em Belém e, para não perder viagem, de uma vez ungir o próximo rei de Israel, sendo que o tal deveria ser da casa de Jessé. Quando Samuel chegou a Belém, procurou por Jessé. Não foi tão difícil chegar até ele. Como ancião em Belém, conhecidíssimo líder de sua cidade, preocupou‐se juntamente com os seus colegas anciãos com o motivo da vinda do profeta àquela região. Algum pecado? Algo a revelar? Lembre‐se, que Davi era o segredo bem escondido de Jessé. Mas tudo aquilo que os homens mais escondem, torna‐se mais bem conhecido publicamente. Quando
A luz debaixo do alqueire

Jesus disse que uma luz não poderia ser escondida sob o alqueire, mas, sim, colocada no candeeiro, não se referia a algum pecado oculto, como parece, mas à luz, à revelação, a um sonho, a um propósito que os homens queiram esconder. Mas não será possível, pois a luz se revelará e deverá ser levantada. Quem tem revelação, quem tem vocação, quem tem ministério, não poderá ser escondido, nem que ele mesmo o queira.

Na presença de todos os anciãos de Belém, Samuel chega à casa do homem mais rico de Belém, o herdeiro de Boaz. Suas fazendas haviam crescido e o seu nome era considerado em toda a nação. Dias antes, Davi havia composto o mais lindo de seus salmos, em uma noite fria, contemplando umas das suas poucas ovelhas. Ao toque de sua pequena e velha harpa, ele dedilhava e cantava suavemente:“O Senhor é o meu Pastor e não me faltará” – lembrava de sua grande responsabilidade de alimentar aquelas ovelhas, e sabia que era uma ovelha do seu curral; “deitar‐me faz em verdes pastos” – ele considerava os melhores e prósperos lugares por onde deveria andar; “mansamente me guiará em águas tranqüilas. Refrigera a minha alma” – ele sabia da importância das águas límpidas das exigentes ovelhas que não bebem águas turvas nem contaminadas; “guia‐me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” – ele compreende o anelo de jamais pastorear aquelas ovelhas com o fruto de engano. “Ainda que eu andasse pelo vale da sobre da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo” – ele lembra‐se de todos os momentos em que ele e suas ovelhas estiveram em apuros diante das feras, dos penhascos, dos perigos, das tempestades sem jamais perecer; “a tua vara e o teu cajado me consolam” – ele traz à memória os momentos de disciplina pela vara e dos momentos de acolhimento pelo carinho da vara e do cajado. Mas, quando chegou a esta parte, ele não podia compreender bem:“Preparas uma mesa perante mim, na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda”. Ele parou para meditar nesta frase. Não sabia que era profética. Tentou eliminá‐la. Mas não lhe foi permitido.Então, continuou a cantar sob grande inspiração: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida” – e relembrava todos os favores de Deus e dos grandes livramentos que teve das feras, nas circunstâncias, das armadilhas de seus irmãos, do abandono e, especialmente, do urso e do leão. Sabia, então, que tudo era fruto de grande bondade e de grande misericórdia; “e habitarei na Casa do Senhor por longos dias” – esta era a sua crise; pois, como judeu de Belém, não era possível. Não era levita. “Será que algum dia se cumpriria, meu Deus?” (Sl 42, 43). Passou dias cantando e tocando aquela canção, até que, enfim, chegaram as carruagens de Samuel e de toda a sua equipe. A grande fazenda foi invadida pelos príncipes do povo e pelos magistrados. Samuel conversou a sós com Jessé, que consente em santificar os seus filhos. Jessé não rejeitou pagar os valores da santificação, como era comum (Lv 27:1‐12). Seus sete filhos foram santificados, menos Davi pois não tinha o estatus de filho. Ele não pode presenciar nenhum daqueles movimentos. Sacrifícios foram oferecidos, e a sua casa tornou‐se um tabernáculo. Ele daria tudo para ver tudo aquilo que foi negado aos seus olhos. As cozinheiras corriam, os servos preparavam a grande mesa. No seu aposento, Samuel preparou o chifre com azeite genuíno, especial para ungir o novo rei. Jessé saiu pelos quartos falando forte com todos os sete filhos, um por um: “Arrumem‐se! Hoje é um dia especial”.Mas, lá no campo, Davi, alimentava as ovelhas e sussurrava aquela parte da canção, indagando o que seria: “Preparas uma mesaperante mim, na presença de meus…”. Sem que ninguém tivesse conhecimento da intenção divina nem do profeta, Samuel, depois de santificá‐los, os convida à festa que começa. Assim, Samuel inicia a cerimônia, chamando o primogênito de Jessé. Ele vem: alto, forte e de bela aparência. Samuel pensa ser aquele. Mas Deus o repreende e ordena‐lhe que veja mais fundo: no coração. Um por um, passaram todos os filhos: o belo, o forte, o corajoso, o intelectual, o zombador, o obediente, o desobediente, enfim, todos! Olhando ao coração, bem no interior do espírito, fato comum ao profeta, nenhum deles foi aprovado. Deus não escolheu nenhum deles. Samuel percebeu logo que algo estava errado. Como profeta, sabia que a família estava dividida. Mas não entrou em detalhes e perguntou: “Há mais algum mancebo?”.Não perguntou se havia filhos. Perguntou se havia mancebos, pois a sabedoria dizia que Davi não tinha estatus de filho. Jessé não esperava aquela pergunta. Mas respondeu: “O menor, ele está cuidando das ovelhas”. Samuel pediu que o trouxessem, pois não se assentariam à mesa até que ele chegasse ali. O menino ruivo que era valente não poderia ser escondido debaixo do “alqueire”; chegou a hora de sair do curral para o altar. Jessé consente e ordena que corram e o tragam! Rapidamente, a sua pequena tenda está cheia de gente. Davi é procurado; rapidamente o acharam e, de súbito, o banharam e trocaram a sua roupa por outras limpas. Sua mãe percebe tudo aquilo e começa a chorar. Não havia roupa especial para ele. Na sua concepção, ele jamais usaria uma roupa festiva. Então, vestido como um pastorzinho, o levaram. Na casa, Jessé rapidamente ordenara que colocassem mais um prato na mesa. Arredaram as cadeiras. Apertaram duas delas, um pouco mais. Os rapazes se entreolhavam, até que ele chegou rodeado de gente da fazenda. Jessé reclamava por causa de sua roupa. Samuel não se importou. Mas, enquanto o profeta pensava, Deus o despertou: “Eis aí o rei. Unge‐o!”. O azeite cairá sobre a sua cabeça, e levará vinte e oito anos para chegar às orlas de seus vestidos (Sl 133). Até lá, o azeite silenciosamente desceria competindo com o tempo do amadurecimento de sua personalidade. Rodeado por todos, Samuel dá o aviso que irá ungi‐lo. Toma o chifre e o ordena rei. O Espírito Santo se transfere do templo e do cálice. Uma poça de azeite fica no chão.As mulheres correm para limpá‐ lo, entre elas, a sua mãe que, no seu coração, jubila, dizendo que um dia seu filho seria honrado em Israel. Mas os seus irmãos nãoentendiam nada daquilo que viam. Eram meros soldados e jamais pensaram que seriam capitães sob o comando de seu irmão menor, o futuro rei. A seguir, eles assentaram‐se à mesa. Davi não sabia como comportar‐se ali. Lembrou dos pequenos avisos ameaçadores de mãe. Com as “asas” apertadas, seus irmãos o encaravam; ele baixava os olhos,mas por dentro dizia, cheio de gozo: “Preparas uma mesa perante mim, ma presença de meus angustiadores; unges a minha cabeça com óleo, e o meu coração dispara!” (Sl 118:22). Davi, o menino rejeitado, escondido dos olhos de todos, agora, torna‐se pedra fundamental de sua nação. A partir daqui, muitas situações adversas passaram sobre ele, mas a unção o ajudou a triunfar. Não somente triunfará sobre todas as dificuldades, como também registrará nos seus salmos, em suas preciosas orações, como confiar em Deus em meio a tamanhas circunstâncias adversas, a fim de consolar a todos aqueles que trilharem pelo mesmo caminho. Nos seus salmos, encontramos: (1) força que enfrenta corajosamente os seus adversários; (2) que mesmo tendo nascido sob circunstâncias moralmente vergonhosas, pela nossa vossa vocação podemos valorizar a nossa própria dignidade, abstendo‐nos dos pecados de nossos pais; (3) que podemos silenciosamente triunfar diante das mais graves dificuldades; (4) que podemos lutar bravamente como guerreiros de Deus que têm sobre si uma missão nacional; (5) que podemos confiar abertamente na justiça e na misericórdia daquele que nos chamou; (6) que jamais sucumbiremos sob os desafios de nossa vida se tivermos memoriais e exemplos a seguir; (7) que podemos ser consolados pelas palavras de alentos do Senhor; (8) que, dependendo de nossa fé e de nossa convicção, poderemos avançar sem medo. O senhor seja louvado! (DR. ALDERY NELSON ROCHA, BÍBLIA REVELADA ALOHA, SALMO 51) WWW.MEUJESUS.COM.BR