Os perigos do desvio espiritual
“Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de
águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jr
2.13).
Não podemos compactuar com a
apostasia. Ela tem de ser erradicada de entre o povo de Deus, para que não
venhamos a perecer em nossos pecados.
Jeremias
2.1-7,12,13.
Os
israelitas estavam vivendo um período de grande apostasia. Jeremias chamou a
atenção do seu povo para os pecados que vinham cometendo. Dia após dia, com
muita coragem e ousadia, ele confrontava os israelitas com as conseqüências de
seus pecados, a fim de que se arrependessem e voltassem para Deus, no entanto,
o povo não escutava a exortação do profeta (Jr 25.3). Deus amava seu povo! Ele
precisava discipliná-lo. Só havia uma saída capaz de fazer com que Judá
escapasse do juízo iminente: o arrependimento sincero. Todavia, os israelitas
não aceitaram a correção e continuaram pecando de modo deliberado contra Deus.
O ambiente da época, a mensagem principal de
Jeremias e sua importância. Explique à classe que Jeremias foi enviado como
profeta para repreender Judá por sua rebelião. O povo de Judá estava adorando
outros deuses, embora tivessem sido instruídos pelo Senhor a respeito desse terrível
pecado (Êx 20.3-6). Deus abomina a idolatria! Precisamos ter cuidado! Na
atualidade, muitos “ídolos” tentam roubar nossa atenção do único e verdadeiro
Deus. Diga aos alunos que precisamos estar atentos!
A
MENSAGEM DE JEREMIAS
Ambiente da época
• A sociedade estava se deteriorando
econômica, política e espiritualmente.
• As guerras
dominavam o cenário mundial.
• A Palavra de
Deus era considerada ofensiva.
Mensagem principal
• O
arrependimento adiaria o iminente juízo de Judá executado pelas “mãos” da
Babilônia.
Importância da
mensagem
• O arrependimento é uma das maiores
necessidades em nosso mundo imoral.
• As
promessas de Deus para aqueles que são fiéis brilham vigorosamente, trazendo
esperança para o amanhã e forças para hoje.
Palavra Chave
Apostasia: gr. apostásis, afastamento, abandono premeditado e
consciente da fé cristã.
Não obstante as reprimendas e protestos de
Jeremias, os judeus continuavam a viver como se Deus não existisse. Escarneciam eles do Senhor, alegando que Ele não
faz bem, nem mal. Do rei ao mais humilde dos súditos, achavam-se todos
indiferentes ao Eterno e à sua Palavra. Em consequência de sua apostasia,
seriam eles exilados de sua terra e passariam a viver insuportáveis provações.
A advertência do profeta era não somente clara, mas explícita. Os judeus,
porém, teimavam em seus pecados.
Será que não estamos
incorrendo no mesmo erro?
Estamos nós vivendo como se
Deus não existisse? Não terá chegado o momento de buscarmos um avivamento real
e abrangente? Um avivamento que nos constranja a voltar à manjedoura, ao
Calvário e ao cenáculo?
Neste domingo, veremos como o
profeta repreendeu a apostasia que, irradiando-se de Jerusalém, contaminou a
todos os filhos de Israel que viviam em Judá.
O QUE É A
APOSTASIA
1. Definição. O termo apostasia é proveniente do vocábulo
grego apostásis, que
significa afastamento. É o abandono consciente e premeditado da fé que nos foi
revelada por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tm 4.1). É o desvio que
conduz à morte espiritual.
2. A apostasia de
Israel. Constituiu-se esta, de
um lado, no abandono do Único e Verdadeiro Deus, conforme revelado na Lei e nos
Escritos Sagrados; e, do outro, no apego aos ídolos e aos costumes dos povos
vizinhos.
Israel
abandonou o Único e Verdadeiro Deus, para seguir os ídolos e os costumes dos
povos ímpios vizinhos.
Deus convocou Jeremias a fim
de que bradasse contra a rebeldia da casa de Judá. Era a sua missão exortar o
rei à obediência; conclamar os sacerdotes à santificação; desestimular os
falsos profetas e alertar o povo quanto à desgraça que se avizinhava de suas
fronteiras. A ordem do Senhor era mais do que explícita: “Vai e clama aos
ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor” (Jr 2.1,2). O profeta
Jeremias haveria de:
1. Falar em nome
do Senhor. Falaria ele em nome do
Único e Verdadeiro Deus. Todo o Israel
deveria reconhecer que Jeremias era,
de fato, um autêntico profeta de Deus e não um mero crítico social. Como
temos pregado a Palavra de Deus? Em nosso nome? Ou no nome de Cristo Jesus? À
semelhança de Paulo, estejamos preparados a fim de expor com ousadia e
integridade todo o conselho de Deus (At 20.7). Somente assim, teremos condições
de erradicar a apostasia que ameaça a pureza da Igreja.
2. Ser autêntico e
não politicamente correto. Este é o mal
que atinge muitos pregadores: a síndrome do politicamente correto. Sacrificam a
genuinidade do Evangelho no altar de interesses efêmeros e abomináveis.
Jeremias, porém, fora chamado para ser autêntico. Tendo como único compromisso
a proclamação da Palavra de Deus, ousou exortar o rei, os nobres e o povo.
Assumamos nossa posição como
homens de Deus. Preguemos corajosamente a sua Palavra, ainda que isto venha a
custar-nos a própria vida.
3. Anunciar ao
povo a tragédia que os rondava. Do rei ao
mais insignificante dos súditos, achavam
todos que, apesar de seus muitos e
grosseiros pecados, jamais seriam castigados pelo Senhor. Não eram
israelitas? Não lhes pertenciam os pactos? Não estava o Santo Templo em sua
terra? Por que seriam eles castigados por Deus? Jeremias, contudo, adverte-os:
tal impunidade era ilusória. Se não se arrependessem, muito sofreriam sob o
látego babilônico.
Temos falado a verdade à nossa
geração? Ou a vimos iludindo com falácias e ilusões? Se não lhe falarmos de
conformidade com a Palavra de Deus jamais veremos a alva (Is 8.20).
Jeremias tinha como
missão exortar o povo à obediência e alertá-los quanto à desgraça que se
avizinhava de suas fronteiras: os exércitos babilônios.
Os filhos de Judá rebelaram-se
contra o Senhor, esqueceram-se de todas as suas benignidades e voltaram-se para
os ídolos. Na linguagem profética, equivalia isso a um divórcio entre a virgem
filha de Sião e Jeová. Vejamos, pois, em que consistia a apostasia dos
israelitas.
1. O afastamento
de Jeová. De posse da Terra das
Promissões, foram os filhos de Israel afastando-se de Deus e apegando-se aos
ídolos das nações vizinhas. Diante da apostasia de seu povo, pergunta-lhes o
Senhor: “Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim,
indo após a vaidade e tornando-se levianos?” (Jr 2.5).
Que indagação pesarosa! Se
Israel lhe era a possessão peculiar, e se do Senhor recebera tantas bênçãos,
por que se desviou de seu Redentor? E, você, querido irmão? Por que deixou os
caminhos do Senhor indo atrás de coisas vãs? Que mal fez-lhe Ele? Volte agora
mesmo ao primeiro amor.
2. O esquecimento
de Jeová. Os filhos de Israel não
mais perguntavam por Jeová. Era como se o Todo-Poderoso, que os tirara com mão
forte do Egito, não mais lhes representasse coisa alguma. Eles imaginavam que
poderiam viver sem o seu Redentor (Jr 2.8). Será que o mesmo não acontece
conosco? É hora de nos lembrarmos do primeiro amor! Se o crente não mais se
importa com Deus, como poderá subsistir neste mundo de lutas e provações?
3. O desprezo
pelas coisas divinas. Estas
palavras não parecem ter sido escritas para a cristandade de nossos dias:
“Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses?
Todavia, o meu povo trocou a sua glória pelo que é de nenhum proveito?” (Jr
2.11).
Se os filhos de Israel
trocaram a glória de Deus pelos ídolos vãos, quantos de nós não estamos a
trocar a simplicidade do Evangelho por teologias e modismos abomináveis que só
trazem confusão e miséria espiritual. Urge voltarmos às origens do avivamento
autenticamente pentecostal.
Os
filhos de Israel desprezavam ao Senhor e as suas leis.
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